segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Novas tecnologias assistivas auxiliam professores na educação a crianças com autismo



NOVAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS AUXILIAM PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A CRIANÇAS COM AUTISMO
Por : Jacqueline da Silveira Carnette
Polo: Zona Norte –Porto Alegre/RS
Data: 08/08/2017



http://revistacaleidoscopio.com.br/tecnologia-inclusiva-aplicativo-alagoano-auxilia-na-alfabetizacao-de-autistas/  Foto: arquivo/AMA

Novas tecnologias auxiliam os professores no trabalho de alfabetização e socialização de crianças com TEA – Transtorno do Espectro Autismo.
O TEA é um distúrbio neurológico que compromete a integração social, a comunicação verbal e não verbal e provoca o comportamento restrito e repetitivo. O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.
Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender. A socialização desta criança com o grupo em sala de aula é de extrema importância para seu crescimento. O professor tem papel fundamental nesse processo pois quanto maior a confiança que este aluno adquirir com seu professor, maior será o seu índice de aprendizagem. 
Como crescimento da tecnologia, as escolas entendem a importância dessas ferramentas no auxílio da aprendizagem e alfabetização destas crianças e vem incluindo aplicativos para compor as tarefas diárias realizadas pelo aluno. 
O uso desses aplicativos, que podem ser encontrados em formatos para tabletes e celulares, vem sendo de grande auxílio a professores em sala de aula na condução dos alunos com TEA. De forma geral, esses aplicativos compõem um conjunto de imagens que auxiliam no desenvolvimento da criança de forma que possam desfrutar de uma maior autonomia nas suas tarefas diárias, além de qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. São produzidos de maneira interativa e colorida, o que faz com que a criança tenha maior interesse em realizar as tarefas e as conclua com maior êxito.

A criança com TEA necessita de auxilio diário para poder realizar suas tarefas, desde as mais simples como escovar os dentes e tomar banho, até as mais complexas como o trabalho e a interação social.
Como auxilio do aplicativo “Minha Rotina Especial”, a criança visualiza de uma forma interativa as funções que deve realizar com imagens da realidade e pode ser ajustado com a sua própria atividade. Criado pelo terapeuta ocupacional Régis Nepomuceno, explica que "o objetivo é usar a tecnologia como aliada do desenvolvimento de crianças com deficiência, a um preço compatível com a renda média dos brasileiros"

Dentre esses inúmeros aplicativos, ainda está o “Junta Junta”, criado no Brasil e baseado


no método ABA, que tem por objetivo desenvolver habilidades que são pré-requisitos para alfabetização, onde a criança poderá aprender a emparelhar estímulos idênticos de diferentes categorias, como alimentos, brinquedos, cores, entre outros. Além disso, poderá identificar, nomear e jogar quebra cabeça e dominó. Outro exemplo é o aplicativo “ABC autismo”, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), auxilia crianças com dificuldades no processo de aprendizagem.

A Coordenadora do projeto que desenvolveu o aplicativo, Mônica Ximenes explicou que “a
estrutura do ABC Autismo é baseada em quatro níveis de dificuldade, assim como o programa Teacch. Os dois primeiros níveis são com habilidades concretas, mas como a gente não podia transpor essas atividades concretas para um aplicativo, a gente pegou atividades dos níveis 3 e 4 do Teacch e transformou em quatro níveis de complexidade no aplicativo.”
Ainda contamos com aplicativos de jogos onde as crianças aprendem brincando, como o “Animal Sounds” e “Meu Joguinho da Memória Lite”, que estimulam a memorização e linguagem.

Como podemos ver, cada vez mais a tecnologia vem ao encontro dos profissionais no auxílio da aprendizagem e alfabetização de crianças com TEA. O importante é a escola e professores buscarem a intensificação do conhecimento destes aplicativos e identificação da melhor forma de aplicação aos seus alunos em sala de aula.


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