NOVAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS AUXILIAM PROFESSORES
NA EDUCAÇÃO A CRIANÇAS COM AUTISMO
Por :
Jacqueline da Silveira Carnette
Polo: Zona
Norte –Porto Alegre/RS
Data:
08/08/2017
Novas tecnologias auxiliam os professores no trabalho de
alfabetização e socialização de crianças com TEA – Transtorno do Espectro
Autismo.
O TEA é um
distúrbio neurológico que compromete a integração social, a comunicação verbal
e não verbal e provoca o comportamento restrito e repetitivo. O autismo é uma
condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com
autismo.
Assim como
qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender. A
socialização desta criança com o grupo em sala de aula é de extrema importância
para seu crescimento. O professor
tem papel fundamental nesse processo pois quanto maior a confiança que este
aluno adquirir com seu professor, maior será o seu índice de aprendizagem.
Como crescimento da tecnologia, as escolas entendem a
importância dessas ferramentas no auxílio da aprendizagem e alfabetização destas
crianças e vem incluindo aplicativos para compor as tarefas diárias realizadas
pelo aluno.
O uso desses aplicativos, que podem ser encontrados em
formatos para tabletes e celulares, vem sendo de grande auxílio a professores
em sala de aula na condução dos alunos com TEA. De forma geral, esses
aplicativos compõem um conjunto de imagens que auxiliam no desenvolvimento da
criança de forma que possam desfrutar de uma maior autonomia nas suas tarefas
diárias, além de qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de
sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. São
produzidos de maneira interativa e colorida, o que faz com que a criança tenha
maior interesse em realizar as tarefas e as conclua com maior êxito.
A criança com TEA necessita de auxilio diário para poder
realizar suas tarefas, desde as mais simples como escovar os dentes e tomar
banho, até as mais complexas como o trabalho e a interação social.
Como auxilio do aplicativo “Minha
Rotina Especial”, a criança visualiza de uma forma interativa
as funções que deve realizar com imagens da realidade e pode ser ajustado com a
sua própria atividade. Criado pelo terapeuta
ocupacional Régis Nepomuceno, explica que "o objetivo é usar a tecnologia
como aliada do desenvolvimento de crianças com deficiência, a um preço
compatível com a renda média dos brasileiros"
Dentre esses inúmeros aplicativos, ainda está o “Junta Junta”, criado no Brasil e
baseado
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguNcMTf5MJNBnyTwW_3vDCGw4JZCVZrTe8xuXawz7Xz1czTNUwHvWvY25VmKdTte8cTZAgJhbUpEmB9tlwja32A2f9n9zedW0hfVatWX4GjF6sAgAhXk6_QHo93_AdKO05N_xQE0JiT30/s1600/02.png)
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no método ABA, que tem por objetivo desenvolver habilidades que são pré-requisitos para alfabetização, onde a criança poderá aprender a emparelhar estímulos idênticos de diferentes categorias, como alimentos, brinquedos, cores, entre outros. Além disso, poderá identificar, nomear e jogar quebra cabeça e dominó. Outro exemplo é o aplicativo “ABC autismo”, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), auxilia crianças com dificuldades no processo de aprendizagem.
A Coordenadora do projeto que desenvolveu o aplicativo,
Mônica Ximenes explicou que “a
estrutura do ABC Autismo é baseada em quatro
níveis de dificuldade, assim como o programa Teacch. Os dois primeiros níveis
são com habilidades concretas, mas como a gente não podia transpor essas
atividades concretas para um aplicativo, a gente pegou atividades dos níveis 3
e 4 do Teacch e transformou em quatro níveis de complexidade no aplicativo.”
Ainda contamos com aplicativos de jogos onde as crianças aprendem brincando,
como o “Animal Sounds” e “Meu Joguinho da Memória Lite”, que
estimulam a memorização e linguagem.
Como podemos ver, cada vez mais a tecnologia vem ao encontro dos
profissionais no auxílio da aprendizagem e alfabetização de crianças com TEA. O
importante é a escola e professores buscarem a intensificação do conhecimento
destes aplicativos e identificação da melhor forma de aplicação aos seus alunos
em sala de aula.
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