O professor que trabalha com alunos
com necessidades especiais enfrenta muitos desafios com cada um deles,
independente de tratar-se de um grupo homogêneo (apenas com portadores de uma
particular necessidade) ou heterogêneo (alunos com necessidades especiais e
neurotípicos). Cada estudante tem diferentes necessidades, padrões de
comportamento, talentos e desafios únicos. Por isso, o uso de aplicativos e
outros recursos digitais podem trazer muitos benefícios à sala de aula. Eles
podem auxiliar o professor a adaptar seu currículo sem tornar o processo tão
demorado e difícil.
Ensinar é sem dúvida uma profissão com
muitos desafios. Diariamente, os professores trabalham com vinte ou trinta
alunos por sala de aula, cada turma com suas características e dificuldades. As
escolas estão recebendo cada vez mais alunos com necessidades especiais e os
professores precisam saber lidar com esses estudantes, porém muitas vezes sem
ter tido uma formação específica para tal.
Professores de educação especial
trabalham para garantir que seus alunos estejam recebendo a atenção que
necessitam no ambiente certo, mas como todos os professores, nem sempre tem
tempo de estarem sempre disponível para os alunos que precisam de uma atenção
maior. Face a este problema, verifica-se hoje por meio da tecnologia (internet,
etc.) o surgimento de algumas ferramentas que podem auxiliar em muito o
trabalho do professor.
Maria da Silva, professora do 1º ano
do ensino fundamental, que trabalha com alunos na faixa de 6 anos, recebeu este
ano um estudante com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Esta professora
percebeu que a maior dificuldade do aluno era com a rotina e a transição das
atividades. Por meio de pesquisa, ficou sabendo de um aplicativo desenvolvido
por um Terapeuta Ocupacional em conjunto do pai de uma criança com autismo,
cujo objetivo era desenvolver principalmente confiança e autonomia.
O aplicativo é o Minha Rotina
Especial, disponível para dispositivos iOS e Android. Ele foi pensado para ajudar na organização de
crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down, deficiência
intelectual entre outras. Sua função é auxiliar na organização da rotina
diária, mostrando as etapas de cada atividade.
O aplicativo tem sido usado em
conjunto pela escola, terapeuta e familiares. A professora incluiu fotos da
rotina diária, tornando-a visualmente organizada e clara, além disso, os pais
do aluno gravaram áudios para no aplicativo, o que deixou o estudante seguro e
à vontade para seguir a rotina da escola mesmo longe dos mesmos.
Dentre as principais vantagens do
aplicativo está a que o estudante pode administrar sua rotina com fotografias e
se reconhecer nelas e a facilidade de ser utilizado mesmo por crianças, como no
caso do aluno do 1º ano. Ainda é possível antecipar possíveis imprevistos, por
exemplo, inserindo fotos e informações sobre novos eventos e visitas para que o
aluno não se desorganize com esses ocorridos. A desvantagem é que ele é pago,
porém o preço não é alto, sua aquisição custa US$ 9.99 e não há custo mensal de
assinatura.
Ferramentas digitais, se bem
escolhidas, podem ser bons aliados para a educação. Os professores sempre
buscam o melhor para seus alunos, e com a tecnologia, podem compartilhar
experiências e aprender mais sobre necessidades especiais. O importante é
procurar pontos fortes que desafiem os alunos.
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