segunda-feira, 7 de agosto de 2017

PROFESSOR USA APLICATIVO DE CELULAR PARA “EMPRESTAR” VISÃO A ALUNO CEGO
Por Ricardo da Silveira Rios – RU 1302552
Polo Porto Alegre (Zona Norte) – RS
 26/07/2017


Fonte: <http://bemyeyes.com/ >acesso em 26 de julho de 2017)

  O professor de filosofia Ricardo Rios, do Colégio Militar de Porto Alegre, encontrou uma solução para permitir que um jovem cego de 16 anos, matriculado no começo de 2017 na escola, pudesse realizar as tarefas a domicílio que exigiam a audiodescrição (narrativa adicional para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais). A utilização de um aplicativo para celulares chamado “Be MyEyes” foi a chave para resolver um obstáculo no processo ensino-aprendizagem. Criado pelo dinamarquês Hans Jorgen Wiberg, o aplicativo (disponível para Android e iOS) é gratuito e integra uma rede de voluntários com visão perfeita dispostos a ajudar pessoas cegas em todo mundo.
  O objetivo do uso do aplicativo no contexto escolar é permitir que os deficientes visuais se utilizem da capacidade de enxergar de outras pessoas para realização de tarefas cuja informação visual é determinante.
  Quando a tarefa a domicilio implicava na análise de uma obra, enquanto estudávamos Estética, o Gabriel (nome fictício) tinha grandes dificuldades, uma vez que ficava só em casa durante o período da tarde. A utilização do aplicativo permitiu que ele realizasse estas atividades com uma autonomia considerável, além de conectá-lo a pessoas de todo mundo, o que elevou sua autoestima e melhorou seu rendimento escolar”, conta o professor.
  O funcionamento do App se baseia em tecnologias que já existiam, mas utilizando-as sob a ótica da inclusão e da acessibilidade. Ele requer apenas uma conexão com a Internet de boa qualidade, para permitir um adequado fluxo de dados (Wi-Fi ou 3G/4G), o que pode representar uma desvantagem, na medida que limita o seu uso ao acesso a uma rede de dados.  O usuário cego solicita ajuda aos voluntários, que recebem uma notificação de videochamada. Ao aceitá-la, basta que descrevam o que estão vendo com a sua própria voz. Este contato acaba por favorecer o estabelecimento de novas amizades, ao aproximar desconhecidos através de uma causa social, por outro lado, a insegurança quanto à aceitação do pedido de ajuda é outra desvantagem do aplicativo.
  Segundo o criador do projeto,“a esperança é de que, ajudando uns aos outros como uma comunidade online, Be MyEyes possa fazer uma grande diferença na vida cotidiana das pessoas cegas em todo o mundo”.


Fonte: <http://bemyeyes.com/ >acesso em 26 de julho de 2017)

Referências:

ALVES, Paulo. Aplicativo Be My Eyes reúne voluntários que emprestam visão a cegos. Disponível em <http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/01/app-reune-voluntarios-que-emprestam-visao-cegos-conheca-o-be-my-eyes.html> acesso em 26 de julho de 2017.

1 comentários:

  1. Todas as tecnologias assistivas são importantes para os professores. Mais do que simples inserção de um aluno com alguma deficiência, esse processo deve ser de inclusão, e o professor é - e deve ter - a chave para alcançar isso.

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