domingo, 27 de agosto de 2017

TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS

TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS

Por Beatriz Selbach Sarmento, RU 1333783   Polo – Porto Alegre    Data 27/08/2017
Fonte :Olhar Digital

Receber um aluno com deficiência não significa inclusão, pois muitas vezes ao tentar incluir, por falta de conhecimento e recursos, o aluno é excluído.
A educação inclusiva foi criada para dar a todas as crianças e adolescentes o direito de estudar e fazer parte do sistema regular do ensino. Mas o que observamos é um total descaso para esse fato, pois as escolas em sua maioria não estão preparadas para atender este aluno. Não possuem profissionais habilitados para tal nem recursos adequados para auxílio em sala de aula. Porém, com o acesso à tecnologia, o professor pode criar estratégias para que os alunos convivam mais, ajudando bastante no relacionamento e na inserção da educação inclusiva.
Foi elaborado um projeto com o uso do aplicativo Hand Talk, na Escola Estadual Gentil Viegas Cardoso, no estado do Rio Grande do sul, em uma turma com vinte e cinco alunos, sendo que oito possuem problemas auditivos de diferentes graus. Considerando que estes alunos pouco interagiam entre si por não conhecerem libras, o objetivo foi alcançado com sucesso, já que após o uso deste recurso, os jovens passaram a interagir e a comunicação entre eles passou a ser eficiente. Este aplicativo está disponível para Android e IOS e permite que o usuário fale ou digite um texto para ser automaticamente traduzido para a linguagem de sinais pelo Hugo –  um intérprete virtual muito simpático.  A programação do intérprete 3D é feita através de um sistema de tradução em Libras por estatística que analisa a palavra, a frase e o contexto antes de ser feita. Vários intérpretes espalhados pelo Brasil também contribuem com a ferramenta adicionando novas traduções periodicamente.
Foi aplicado o projeto na disciplina de Filosofia , no segundo ano do médio, numa faixa etária de 16  a 18 anos.  A proposta foi elaborar  8 grupos  para que cada um ficasse com um colega portador do problema auditivo. Foi lido o texto por sobre “O mito da Caverna”. Após a leitura, sugeriu-se que se refletisse sobre a liberdade do conhecimento e alienação da existência, escrevendo o relato do grupo. Após usaram o aplicativo para traduzir o relato.
O Objetivo do aplicativo foi facilitar a comunicação e a interação entre os alunos , assim como também para que os outros aprendessem Libras, pois poucos são os que conhecem a língua de sinais.
Foi observado que nem todos os alunos trouxeram o celular, mas usaram juntos com os colegas, o que ainda facilitou mais a interação entre eles.
O Professor Paulo, idealizador do projeto na escola, acredita que “com a realização deste projeto, ficou claro que devemos repensar sobre a aplicação de recursos tecnológicos no auxílio à educação inclusiva, pois com atitudes assim, que parecem pequenas, poderemos fazer a diferença a estes alunos”.





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