HAND TALK: O APLICATIVO
QUE CONTRIBUI PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO
Por Andréia Regina Severo Millani,
RU: 1286374 POLOZona Norte – Cidade Porto Alegre
Data: 15/08/2017
Um aplicativo
chamado “Hand Talk” (conversa à mão) vem se destacando no cenário educacional,
sendo apontado pela ONU como o melhor Aplicativo do Mundo, o mesmo traduz em
tempo real, os textos em áudio e escritos para Libras (Língua Brasileira de
Sinais). O Hand Talk já garantiu seu espaço no Smartfone da professora Vera, a
qual é a segunda professora do Gustavo, um aluno em processo de inclusão do 4º
ano de uma grande escola do Paraná.
Com o auxilio de um simpático homenzinho,
chamado Hugo, o qual é um personagem em 3D do aplicativo virtual, a comunicação
e interação como restante da turma ocorre de uma maneira, mais espontânea e
prazerosa, tendo uma fácil compreensão por parte dos alunos que buscam se
comunicar com o Gustavo por intermédio deste aplicativo.
A professora Vera
nos informa que a instalação e utilização do Hand Talk é bastante simples, ao
abri-lo já são visualizadas algumas informações de como usá-lo. E a busca pelo
mesmo vem crescendo cada dia, este fato evidencia que a busca pela informação vem
ocorrendo de forma muito acelerada, fazendo com que os conhecimentos e novos
saberes se tornem muito mais rapidamente superados e ultrapassados.
Os alunos sem perceber, começam a utilizar e se deparar de forma constante com
ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar
as atividades do cotidiano de pessoas com necessidades especiais.
Por intermédio do aplicativo, o Gustavo passou a interagir e se soltar mais
durante as aulas, fazendo perguntas para a professora regente, participando das
atividades coletivas e, ao mesmo tempo o aplicativo está ensinado seus colegas
a aprenderem a LIBRAS, tendo em vista que vários alunos do 4º ano já pediram
para seus pais baixarem Hand Talk em seus smartfones e tabletes.
Nesse sentido, o aplicativo Hand Talk tem se revelado como um importante
horizonte de novas possibilidades para a autonomia e inclusão das pessoas/alunos
surdos. Nota-se que
nos dias atuais, a sociedade encontra-se voltada para evolução tecnológica, que
ruma a uma direção simplificadora, para tornar a vida mais fácil,
principalmente, no que se refere às ferramentas que auxiliam no processo de
inclusão.
Evidencia-se que processo de inclusão está presente em nosso cotidiano e na
nossa sociedade, e os educadores como mediadores de conhecimento, devem estar
sempre se inovando e buscando tomar cada vez mais conhecimento referente a esse
processo. Todavia, faz-se necessário frisar que ainda se vivencia nas escolas
um estágio bastante inicial desse processo de apropriação e uso da Tecnologia
Assistiva, podendo ser encontrados avanços e descobertas significativas, porém,
ao mesmo tempo, e majoritariamente, um profundo desconhecimento sobre as
possibilidades concretas relacionadas a essa tecnologia, sobre os princípios da
Educação Inclusiva, ou mesmo, sobre as realidades, potencialidades e
necessidades dos alunos com deficiência.
A educação inclusiva aliada a novas concepções pedagógicas afetam a
formação do educador e a forma de atuação, tanto do educador quanto do
educando. Onde cabe ao professor criar e adotar sistemas alternativos de
comunicação como é o caso do aplicativo apresentado e adotado pela professora
Vera.
Verifica-se que o professor no seu papel de transmissor de conhecimento,
não deve basicamente se apoiar em uma única ferramenta de trabalho e sim buscar
novas alternativas as quais tenham como objetivo, favorecer os seus
métodos/técnicas de ensino aprendizagem e, principalmente, que contribua para
uma aprendizagem mais fácil por parte dos educandos, ou seja, o educador jamais
pode se acomodar e apenas passar o que já lhe vem “pronto”, considerando que este
material “pronto” muitas vezes não condiz com a realidade que aluno e a escola
estão inseridos e por esse motivo não atrai a atenção do mesmo.
Diante da realidade, percebe-se então, que as
aplicativos/recursos-tecnológicos devem ser vistos como uma ferramenta facilitadora,
que contribuirá no desenvolvimento e no desempenho das tarefas desejadas, pois
auxiliam na superação de dificuldades funcionais como, por exemplo, durante
todo período escolar.
Desta maneira, torna-se necessário salientar que o aplicativo Hand Talk, fez
toda a diferença para o Gustavo ter uma aceitação melhor perante ao grupo
estudantil e para o processo de inclusão, principalmente, quando se refere ao
meio educacional, onde deve-se primar pelas condições igualitárias, sendo que o
grande objetivo da escola inclusiva é planejar a participação de todos os
alunos, identificando a melhor forma de facilitar a aprendizagem dos mesmos.
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