quarta-feira, 30 de agosto de 2017

HAND TALK: O APLICATIVO QUE CONTRIBUI PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO
Por Andréia Regina Severo Millani,
RU: 1286374 POLOZona  Norte – Cidade Porto Alegre  
Data: 15/08/2017


 











Um aplicativo chamado “Hand Talk” (conversa à mão) vem se destacando no cenário educacional, sendo apontado pela ONU como o melhor Aplicativo do Mundo, o mesmo traduz em tempo real, os textos em áudio e escritos para Libras (Língua Brasileira de Sinais). O Hand Talk já garantiu seu espaço no Smartfone da professora Vera, a qual é a segunda professora do Gustavo, um aluno em processo de inclusão do 4º ano de uma grande escola do Paraná.
 Com o auxilio de um simpático homenzinho, chamado Hugo, o qual é um personagem em 3D do aplicativo virtual, a comunicação e interação como restante da turma ocorre de uma maneira, mais espontânea e prazerosa, tendo uma fácil compreensão por parte dos alunos que buscam se comunicar com o Gustavo por intermédio deste aplicativo.
A professora Vera nos informa que a instalação e utilização do Hand Talk é bastante simples, ao abri-lo já são visualizadas algumas informações de como usá-lo. E a busca pelo mesmo vem crescendo cada dia, este fato evidencia que a busca pela informação vem ocorrendo de forma muito acelerada, fazendo com que os conhecimentos e novos saberes se tornem muito mais rapidamente superados e ultrapassados.  
Os alunos sem perceber, começam a utilizar e se deparar de forma constante com ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano de pessoas com necessidades especiais.
Por intermédio do aplicativo, o Gustavo passou a interagir e se soltar mais durante as aulas, fazendo perguntas para a professora regente, participando das atividades coletivas e, ao mesmo tempo o aplicativo está ensinado seus colegas a aprenderem a LIBRAS, tendo em vista que vários alunos do 4º ano já pediram para seus pais baixarem Hand Talk em seus smartfones e tabletes.


 Nesse sentido, o aplicativo Hand Talk tem se revelado como um importante horizonte de novas possibilidades para a autonomia e inclusão das pessoas/alunos surdos. Nota-se que nos dias atuais, a sociedade encontra-se voltada para evolução tecnológica, que ruma a uma direção simplificadora, para tornar a vida mais fácil, principalmente, no que se refere às ferramentas que auxiliam no processo de inclusão.
Evidencia-se que processo de inclusão está presente em nosso cotidiano e na nossa sociedade, e os educadores como mediadores de conhecimento, devem estar sempre se inovando e buscando tomar cada vez mais conhecimento referente a esse processo. Todavia, faz-se necessário frisar que ainda se vivencia nas escolas um estágio bastante inicial desse processo de apropriação e uso da Tecnologia Assistiva, podendo ser encontrados avanços e descobertas significativas, porém, ao mesmo tempo, e majoritariamente, um profundo desconhecimento sobre as possibilidades concretas relacionadas a essa tecnologia, sobre os princípios da Educação Inclusiva, ou mesmo, sobre as realidades, potencialidades e necessidades dos alunos com deficiência.
A educação inclusiva aliada a novas concepções pedagógicas afetam a formação do educador e a forma de atuação, tanto do educador quanto do educando. Onde cabe ao professor criar e adotar sistemas alternativos de comunicação como é o caso do aplicativo apresentado e adotado pela professora Vera.
Verifica-se que o professor no seu papel de transmissor de conhecimento, não deve basicamente se apoiar em uma única ferramenta de trabalho e sim buscar novas alternativas as quais tenham como objetivo, favorecer os seus métodos/técnicas de ensino aprendizagem e, principalmente, que contribua para uma aprendizagem mais fácil por parte dos educandos, ou seja, o educador jamais pode se acomodar e apenas passar o que já lhe vem “pronto”, considerando que este material “pronto” muitas vezes não condiz com a realidade que aluno e a escola estão inseridos e por esse motivo não atrai a atenção do mesmo.
Diante da realidade, percebe-se então, que as aplicativos/recursos-tecnológicos devem ser vistos como uma ferramenta facilitadora, que contribuirá no desenvolvimento e no desempenho das tarefas desejadas, pois auxiliam na superação de dificuldades funcionais como, por exemplo, durante todo período escolar.
Desta maneira, torna-se necessário salientar que o aplicativo Hand Talk, fez toda a diferença para o Gustavo ter uma aceitação melhor perante ao grupo estudantil e para o processo de inclusão, principalmente, quando se refere ao meio educacional, onde deve-se primar pelas condições igualitárias, sendo que o grande objetivo da escola inclusiva é planejar a participação de todos os alunos, identificando a melhor forma de facilitar a  aprendizagem dos mesmos.


0 comentários:

Postar um comentário