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quinta-feira, 31 de agosto de 2017





IBRAILLER NOTES: O DESAFIO DA INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS

Por Jórgea Fisch
Polo Porto alegre – Zona Norte

Data 30/08/2017

                                                                                    

                                           
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/01/ibrailler-notes-traz-teclado-especial-no-ipad-para-deficientes-visuais.html


É um direito do aluno, mesmo com alguma deficiência, aprender. Porém, para que este aprendizado ocorra é preciso que a escola se adapte as suas necessidades. O objetivo da Educação Inclusiva é que a estes alunos com deficiência lhes sejam dadas condições apropriadas, tais como ambientes cada vez menos restritivo e comprometido com a remodelação escolar e social. Segundo Sassaki, (1997), a inclusão social é uma adaptação do portador de deficiência e a sociedade tendo em vista que ambos tenham as mesmas oportunidades.

De acordo com o Instituto do Ministério da Educação, existem mais de 70.866 mil alunos com deficiência visual matriculados em escolas de ensino regular nas classes comuns, porém somente 6.104 mil frequentam escolas inclusivas. Por falta de recursos, o sistema educacional brasileiro oferece aos deficientes professores sem conhecimento do sistema de leitura e escrita em Braille, salas de aula sem máquina de escrever em Braille e tem carência de livros escolares e materiais pedagógicos adaptados em Braille, o que tornam os alunos de deficiência visual meros ouvintes.

A inclusão de deficientes visuais ainda é um desfio. Embora a preparação de profissionais ainda esteja a desejar, pois os professores necessitam de formação continuada para lidar com a inclusão, já podemos perceber alguns avanços no campo educacional, pois já contamos com alguns materiais para desenvolver melhor a aprendizagem destes alunos. Assim como todos os alunos, os com deficiência também precisam de atividades individuais e em grupos, onde possam socializar com os demais. 

Para estudar, seja na escola regular ou na escola especial, os deficientes visuais contam com um grande aliado: a tecnologia. São aplicativos desenvolvidos justamente para atender à realidade desse público, o que facilita e muito o aprendizado e a inclusão desses alunos.

Através de um projeto, o doutorando do Sri Lanka na Universidade de Stanford criou o iBrailler Notes. É um aplicativo gratuito para os deficientes visuais que não só permite criar e compartilhar notas em braile, mas também cortar, colar e editar. O app funciona de uma forma simples: o usuário precisa segurar as pontas dos dedos em qualquer lugar da superfície de vidro do iPad e o aplicativo desenha as chaves para o alfabeto Braille. Igualmente como no alfabeto convencional Braille, o iBrailler usa uma série de oito chaves, uma para cada dedo. Se o deficiente visual perder o domínio das chaves, a recalibração é tão fácil quanto levantar as mãos fora do vidro e colocá-las novamente no iPad. O aplicativo redireciona automaticamente as chaves para as pontas dos dedos. O único inconveniente é que o aplicativo pode travar.

A maioria dos alunos só tem contato com a escrita no período escolar, pois o sistema Braille não faz parte do dia a dia das famílias. Apesar de ser ainda pouco usado no sistema público de ensino no Brasil, o iBrailler pode ser uma ferramenta muito útil nas escolas. Pode ser usado em quase todas as disciplinas desde o ensino fundamental até a universidade, pois pode ajudar o aluno com deficiência visual tanto na leitura, quanto na escrita de textos.

Atualmente, mesmo diante de tantos obstáculos que os deficientes enfrentam, com esforço do professor, da família, do aluno e com ajuda extra como a qual citamos acima, fica plenamente possível fazer a inclusão de um portador de deficiência visual na escola. 



quarta-feira, 30 de agosto de 2017

APLICATIVO ABC AUTISMO-TECNOLOGIA DE INCLUSÃO

APLICATIVO ABC AUTISMO-TECNOLOGIA DE INCLUSÃO  
Por Simone Ferreira Lima, RU 1377654
Polo – Porto Alegre-Zona Norte
Data 30/08/2017

    
"War in Vietnam", por Milda Bandzaite (Autista), 2008 - Fonte: Revista Galileu
O ABC Autismo é um aplicativo móvel desenvolvido no Brasil, por pesquisadores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), disponível para smartphones e tablets, cuja principal função é auxiliar no processo de alfabetização e servir como ferramenta de apoio no tratamento e educação de crianças e adolescentes. Implantado na rede pública municipal de Porto Alegre, desde 2015, tem promovido avanços na inclusão na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental.
O TEA -Transtorno do Espectro Autista - é um transtorno de desenvolvimento que afeta a vida da pessoa em várias áreas, pela vida toda. Pode ser definido como uma síndrome comportamental que apresenta sintomas básicos como: dificuldade de interação social; déficit de comunicação social; padrões inadequados de comportamento que não possuem finalidade social. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria - Apa (2014), “o desenvolvimento do aprendizado, dentro de um Transtorno de Desenvolvimento, não possui o mesmo padrão que em pessoas neurotípicas”.
 A nova ferramenta é baseada na metodologia TEACCH, Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação, criado em 1964, na Universidade da Carolina do Norte (EUA). Método educacional específico para educação de pessoas com TEA, mundialmente difundido. O aplicativo possui 40 fases interativas distribuídas em 04 níveis de dificuldade. Cada nível corresponde à um nível de trabalho TEACCH e suas fases tratam a atividade de transpor figuras de uma área denominada Área de Armazenamento (metade esquerda da tela), até uma área denominada Área de Execução (metade direita da tela).
O aplicativo é utilizado por crianças entre 4 e 13 anos, em acompanhamento de alfabetização. Tanto as que apresentam linguagem verbal, que normalmente possuem um nível mais avançado de desenvolvimento cognitivo, e as que não apresentam linguagem verbal e se encontram nos níveis iniciais do tratamento.
A neuropediatra Carla Gikovate explica, em entrevista dada a Agencia Brasil: “Tem crianças que não alfabetizam porque não conseguem prestar atenção nas letras, outras podem ter dificuldade em memorizar o que aprenderam, outras podem ter dificuldades de grafismo ao fazer a forma das letras. Cada tipo de dificuldade pressupõe uma intervenção diferente.”
De acordo com a pedagoga da Escola Municipal Machado de Assis, o aplicativo tem ajudado no desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, mas precisa estar totalmente alinhado ao programa TEACCH. Outro fator importante foi que os pais se sentiram estimulados a auxiliarem seus filhos, pois existem inúmeros aplicativos na internet que auxiliam a alfabetização, mas a maioria não está focada nos déficits específicos do TEA.
Estudos iniciais, apresentados por pesquisadores no Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação, apontam que “a dinâmica alfabetizadora utilizada no aplicativo está devidamente representada através de níveis de complexidade diversos, visando auxiliar a criança autista a aprender de uma forma adaptada às suas necessidades, por meio de uma estratégia a partir da qual as unidades básicas da leitura são ensinadas ao indivíduo, de acordo com as premissas do programa TEACCH”.
A experiência tem sido positiva, e promissora, se for levado em conta que já são mais de 40 mil downloads registrados. Os próprios pais reiteram isso, segundo as demais educadoras da escola que auxiliam as crianças no uso da ferramenta. A mãe do menino Carlos, de 3 anos, Tatiana Lima, diz que o ABC Autismo ajudou o filho, por exemplo, a ter coordenação para encaixar objetos. “Foi uma grande ajuda. O aplicativo ajuda muito para prender a atenção dele, ele ficar parado e concentrado por um período razoável.” Outra relata que o filho, de 13 anos, devido à boa interface da ferramenta, “consegue abrir o game espontaneamente e jogá-lo com bastante autonomia”.
O caminho ainda é longo, há pontos a melhorar: A diretora-técnica da Associação Brasileira de Autismo, reporta à Agencia Brasil que “Para uma aprendizagem mais sólida, eu acho que teria que ter mais conteúdo nesse mesmo formato do aplicativo. Eu acho que tem chance de melhorar mais a aprendizagem de português se forem introduzidos mais módulos no jogo, com graus de dificuldade maiores”.
Dados da Organização das Nações Unidas apontam que “cerca de 1% da população mundial – ou um em cada 68 crianças – apresenta algum transtorno do espectro do autismo, e a ocorrência da condição neurológica tem aumentado”. Ban Ki-moon afirmou que “embora as pessoas com autismo tenham, naturalmente, uma ampla gama de habilidades e diferentes áreas de interesse, todas elas compartilham a capacidade tornar nosso mundo um lugar melhor”.  Ressaltou, ainda, que “o autismo não é bem compreendido em muitas sociedades, apesar de afetar milhões de indivíduos”.

Construir uma sociedade inclusiva e comunidades acessíveis leva tempo, mas experiências como essa tem mostrado como a tecnologia pode ser uma forte aliada na criação de mecanismos de acessibilidade. Pois os direitos não podem ser garantidos apenas em leis, é necessário que estejam em prática na vida das pessoas, fazendo a diferença.
HAND TALK: O APLICATIVO QUE CONTRIBUI PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO
Por Andréia Regina Severo Millani,
RU: 1286374 POLOZona  Norte – Cidade Porto Alegre  
Data: 15/08/2017


 











Um aplicativo chamado “Hand Talk” (conversa à mão) vem se destacando no cenário educacional, sendo apontado pela ONU como o melhor Aplicativo do Mundo, o mesmo traduz em tempo real, os textos em áudio e escritos para Libras (Língua Brasileira de Sinais). O Hand Talk já garantiu seu espaço no Smartfone da professora Vera, a qual é a segunda professora do Gustavo, um aluno em processo de inclusão do 4º ano de uma grande escola do Paraná.
 Com o auxilio de um simpático homenzinho, chamado Hugo, o qual é um personagem em 3D do aplicativo virtual, a comunicação e interação como restante da turma ocorre de uma maneira, mais espontânea e prazerosa, tendo uma fácil compreensão por parte dos alunos que buscam se comunicar com o Gustavo por intermédio deste aplicativo.
A professora Vera nos informa que a instalação e utilização do Hand Talk é bastante simples, ao abri-lo já são visualizadas algumas informações de como usá-lo. E a busca pelo mesmo vem crescendo cada dia, este fato evidencia que a busca pela informação vem ocorrendo de forma muito acelerada, fazendo com que os conhecimentos e novos saberes se tornem muito mais rapidamente superados e ultrapassados.  
Os alunos sem perceber, começam a utilizar e se deparar de forma constante com ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano de pessoas com necessidades especiais.
Por intermédio do aplicativo, o Gustavo passou a interagir e se soltar mais durante as aulas, fazendo perguntas para a professora regente, participando das atividades coletivas e, ao mesmo tempo o aplicativo está ensinado seus colegas a aprenderem a LIBRAS, tendo em vista que vários alunos do 4º ano já pediram para seus pais baixarem Hand Talk em seus smartfones e tabletes.


 Nesse sentido, o aplicativo Hand Talk tem se revelado como um importante horizonte de novas possibilidades para a autonomia e inclusão das pessoas/alunos surdos. Nota-se que nos dias atuais, a sociedade encontra-se voltada para evolução tecnológica, que ruma a uma direção simplificadora, para tornar a vida mais fácil, principalmente, no que se refere às ferramentas que auxiliam no processo de inclusão.
Evidencia-se que processo de inclusão está presente em nosso cotidiano e na nossa sociedade, e os educadores como mediadores de conhecimento, devem estar sempre se inovando e buscando tomar cada vez mais conhecimento referente a esse processo. Todavia, faz-se necessário frisar que ainda se vivencia nas escolas um estágio bastante inicial desse processo de apropriação e uso da Tecnologia Assistiva, podendo ser encontrados avanços e descobertas significativas, porém, ao mesmo tempo, e majoritariamente, um profundo desconhecimento sobre as possibilidades concretas relacionadas a essa tecnologia, sobre os princípios da Educação Inclusiva, ou mesmo, sobre as realidades, potencialidades e necessidades dos alunos com deficiência.
A educação inclusiva aliada a novas concepções pedagógicas afetam a formação do educador e a forma de atuação, tanto do educador quanto do educando. Onde cabe ao professor criar e adotar sistemas alternativos de comunicação como é o caso do aplicativo apresentado e adotado pela professora Vera.
Verifica-se que o professor no seu papel de transmissor de conhecimento, não deve basicamente se apoiar em uma única ferramenta de trabalho e sim buscar novas alternativas as quais tenham como objetivo, favorecer os seus métodos/técnicas de ensino aprendizagem e, principalmente, que contribua para uma aprendizagem mais fácil por parte dos educandos, ou seja, o educador jamais pode se acomodar e apenas passar o que já lhe vem “pronto”, considerando que este material “pronto” muitas vezes não condiz com a realidade que aluno e a escola estão inseridos e por esse motivo não atrai a atenção do mesmo.
Diante da realidade, percebe-se então, que as aplicativos/recursos-tecnológicos devem ser vistos como uma ferramenta facilitadora, que contribuirá no desenvolvimento e no desempenho das tarefas desejadas, pois auxiliam na superação de dificuldades funcionais como, por exemplo, durante todo período escolar.
Desta maneira, torna-se necessário salientar que o aplicativo Hand Talk, fez toda a diferença para o Gustavo ter uma aceitação melhor perante ao grupo estudantil e para o processo de inclusão, principalmente, quando se refere ao meio educacional, onde deve-se primar pelas condições igualitárias, sendo que o grande objetivo da escola inclusiva é planejar a participação de todos os alunos, identificando a melhor forma de facilitar a  aprendizagem dos mesmos.


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Inclusão de Alunos Especiais através da Mesa Digital

Por Karine Leal Peres RU 1797873
Polo Zona Norte – Cidade Porto Alegre
Data 28/08/2017


Fonte: http://playtable.com.br/blog/salas-multifuncionais-estruturas-acessiveis-e-inclusivas-nas-escolas/

Inclusão é aceitar as pessoas como elas são. Não importa a classe social, cor, condições físicas ou psicológicas. Vivemos um tempo de transformações curriculares, em que não é o aluno que tem que se adaptar a escola, mas sim a escola adaptar-se ao aluno. As escolas, atualmente, estão se ajustando tanto na parte pedagógica como na estrutural para receber esse tipo de atendimento especial.

A tecnologia vem sendo trabalhada nos últimos tempos como uma ferramenta de estímulo ao aprendizado e inclusão de deficientes no ambiente escolar. Ao escolher alguma ferramenta para trabalhar na sala de aula com alunos deficientes, o professor tem que escolher uma que promova a interação entre as crianças e desenvolva sua capacidade, tanto motora como intelectual. A ludicidade tem um papel importante na educação e socialização das crianças. Uma alternativa que está dando certos em algumas escolas é o uso da Playtable.

Ela é uma mesa digital interativa e multidisciplinar, onde o objetivo é educar e integrar crianças maiores de três anos ao ambiente escolar. A Playtable desenvolve a coordenação motora e as habilidades cognitivas. O aluno com deficiência tem a oportunidade de brincar e aprender ao mesmo tempo. A tela com tecnologia infrared reconhece o toque humano e também de objetos de plástico, metal e feltro. Os níveis de aprendizado são de fácil, normal e avançado, auxiliando no desenvolvimento do aluno.

Embora a mesa digital não seja a realidade para todos, a escola Municipal Adelaide Starke, de Blumenau - SC, foi a escolhida para o projeto piloto em inclusão com a mesa digital. A escola atende cerca de 30 crianças com algum tipo de deficiência. Até a chegada da mesa digital, o atendimento tinha que ser individual. Como o novo recurso, as crianças poderão ser atendidas em grupo, sem perder qualidade.

A partir dos aplicativos que a Playtable oferece as crianças podem compartilhar com amigos suas atividades. Sua tecnologia auxilia a educação de crianças com diferentes tipos de deficiência, como autismo, síndrome de Down, déficit de atenção, hiperatividade, surdez, deficiências motoras, entre outros. Entre os maiores benefícios que podemos citar:
  • Desenvolvimento Social: atividades compartilhadas incluindo crianças dentro do ambiente escolar, independente de qual seja sua deficiência.
  • Desenvolvimento Cognitivo: montagens de peças, cálculos simples e complexos usando figuras diversas, percepção visual e auditiva.
  • Desenvolvimento Motor: movimentos de coordenação motora, com uso de pincéis para pintar figuras que aparecem na tela da mesa.
  • Desenvolvimento Emocional: aprimoram a tomada de decisões, paciência e principalmente a atenção, que dificilmente é conquistada em uma aula convencional.
  • Desenvolvimento Curricular: atividades baseadas no currículo do MEC. A alfabetização se tornou viável para casos impossíveis nos métodos tradicionais.

Em relação à educação inclusiva, ainda temos muito a melhorar, porém, se construirmos uma ponte de apoio para incentivá-los, todos se sentirão independentes e terão um melhor convívio social. Precisamos demonstrar o respeito, a compreensão, o carinho com o próximo. Nada fazemos sozinhos somos dependentes um do outro, temos que viver a diferença. A inclusão deve ser aceita sem diferenças.

domingo, 27 de agosto de 2017

APLICATIVO DE CELULAR FACILITA A INCLUSÃO DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM ESCOLA REGULAR DE ENSINO


 
Por Audria Bogado Mesquita dos Santos RU 1803766

Polo – Porto Alegre Zona Norte

Data 31/08/2017



Fonte: prodoctor.net

 


Segundo relatório produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2011, cerca de 15 % da população mundial, ou cerca de 1 bilhão de pessoas, vivem com algum tipo de deficiência. Já a Unesco afirma que 90% das crianças com deficiência nos países em desenvolvimento não frequentam a escola. No Brasil, o último grande Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, aponta que 45,6 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência, ou seja, 23,9% da população do nosso país. A deficiência visual é a mais frequente, atingindo 18,6% dos brasileiros.

Quando falamos de uma escola inclusiva entendemos que esta escola esteja preparada para receber alunos com algum tipo de deficiência e que, eles possam estar contemplados em um dos princípios da Educação Básica Brasileira: “Igualdade de condições para acesso e permanência na escola”, direito que é garantido pela Constituição Federal de 1988 e ratificada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDBEN/96). Mas na prática, como a Escola pode promover essa igualdade de oportunidades educativas? No caso de alunos com baixa visão ou cegueira, como o professor pode criar estratégias para organizar as aulas de modo a atender todos os alunos (com e sem deficiência) oportunizando uma aprendizagem significativa? Todos esses questionamentos se tornaram relevantes para a professora Sônia, quando soube que receberia um aluno inclusivo. Ela leciona a disciplina de Literatura em uma escola de educação regular na cidade de Porto Alegre/RS no ensino médio. A educadora relata que, ao ser informada de que receberia um novo aluno cego, percebeu o quanto estava despreparada para uma prática profissional inclusiva e que precisou apropriar-se de recursos até então desconhecidos por ela. “ Encarei como um grande desafio a tarefa de gerenciar o tempo de aula e dar suporte ao Marcelo (aluno com deficiência visual) e aos demais alunos. Adotei atitudes simples como acomodá-lo na primeira fileira de classes da sala para que ele pudesse me ouvir melhor, adotamos um rodízio de colegas “parceiros” com o intuito de socializá-lo com a turma e também receber auxílio se necessário”, comenta a professora.
Sônia avalia que somente ao fazer uso do aplicativo @Voice Aloud Reader percebeu que Marcelo obteve maior independência nas aulas: “ Ele consegue realizar as tarefas praticamente no mesmo ritmo da turma e não teve nenhuma dificuldade para utilizar o app. Minha preocupação era de que o aluno precisasse ficar mais na sala de recursos da escola e perdesse a convivência com o grupo. Percebi que a inclusão é possível”.
O sucesso da inclusão de Marcelo na escola regular fica estreitamente ligado ao uso da tecnologia assistiva (termo usado para identificar os mais variados recursos que ampliam as habilidades funcionais de pessoas com deficiência e viabilizam a inclusão). O aplicativo @Voice Aloud Reader possui muitas funcionalidades como leitura em voz alta de textos em formato pdf, html, páginas da web, notícias, blogs, e-mails e outros. Também permite selecionar o tipo de voz sintetizada como masculina ou feminina; possui fácil controle do volume, velocidade e tonalidade da fala e também a possibilidade de criar listas com os textos abertos no aplicativo, para serem ouvidos um após o outro. Outras vantagens importantes do aplicativo é que ele ocupa pouquíssimo espaço da memória do dispositivo, é totalmente gratuito e funciona mesmo sem estar conectado à internet. Assim, ao invés de um aluno ter que ler os textos ou trechos de livros e demais atividades propostas pela professora, basta que o Marcelo receba previamente através do smartphone esses textos, e fazer uso do aplicativo. Dessa maneira, ele consegue situar-se sobre o tema da aula, acompanhar as explicações e orientações da educadora e ainda  preparar-se para as aulas futuras em casa já que a professora envia para ele os materiais de estudo antecipadamente. O próprio aluno utiliza de maneira autônoma o celular e faz dele um grande aliado para aumentar a sua percepção do mundo. Através de outro aplicativo, o TalkBack, um serviço de acessibilidade previamente instalado nos dispositivos android, ele interage sem dificuldades com seu celular, por meio de respostas faladas pelo app. O aluno declara que acessa redes sociais e WhatsApp, mas não esperava que pudesse fazer uso da tecnologia para estudar. “Poder participar das aulas como os outros alunos, sem chamar a atenção ou causar transtornos me faz querer estar na escola”, afirma Marcelo.
A Escola deve refletir o mundo tecnológico que os alunos vivem e fazer dessa tecnologia uma aliada para um conhecimento pleno. Quando nos referimos em uma escola inclusiva não podemos pensar diferente, há de se buscar não apenas uma inclusão educacional, mas também digital que possa através dos mais variados recursos tecnológicos de acessibilidade garantir possibilidades concretas de aprendizagem para os alunos com deficiência. Manter as crianças e adolescentes com deficiência na Escola é dever das famílias, da comunidade escolar e de toda a sociedade. As tecnologias assistivas tornam essa permanência mais promissora ao derrubar barreiras educacionais e criar recursos de aquisição do conhecimento que focam nas possibilidades desses indivíduos e não apenas nas suas deficiências.

 

 

 

 

TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS

TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS

Por Beatriz Selbach Sarmento, RU 1333783   Polo – Porto Alegre    Data 27/08/2017
Fonte :Olhar Digital

Receber um aluno com deficiência não significa inclusão, pois muitas vezes ao tentar incluir, por falta de conhecimento e recursos, o aluno é excluído.
A educação inclusiva foi criada para dar a todas as crianças e adolescentes o direito de estudar e fazer parte do sistema regular do ensino. Mas o que observamos é um total descaso para esse fato, pois as escolas em sua maioria não estão preparadas para atender este aluno. Não possuem profissionais habilitados para tal nem recursos adequados para auxílio em sala de aula. Porém, com o acesso à tecnologia, o professor pode criar estratégias para que os alunos convivam mais, ajudando bastante no relacionamento e na inserção da educação inclusiva.
Foi elaborado um projeto com o uso do aplicativo Hand Talk, na Escola Estadual Gentil Viegas Cardoso, no estado do Rio Grande do sul, em uma turma com vinte e cinco alunos, sendo que oito possuem problemas auditivos de diferentes graus. Considerando que estes alunos pouco interagiam entre si por não conhecerem libras, o objetivo foi alcançado com sucesso, já que após o uso deste recurso, os jovens passaram a interagir e a comunicação entre eles passou a ser eficiente. Este aplicativo está disponível para Android e IOS e permite que o usuário fale ou digite um texto para ser automaticamente traduzido para a linguagem de sinais pelo Hugo –  um intérprete virtual muito simpático.  A programação do intérprete 3D é feita através de um sistema de tradução em Libras por estatística que analisa a palavra, a frase e o contexto antes de ser feita. Vários intérpretes espalhados pelo Brasil também contribuem com a ferramenta adicionando novas traduções periodicamente.
Foi aplicado o projeto na disciplina de Filosofia , no segundo ano do médio, numa faixa etária de 16  a 18 anos.  A proposta foi elaborar  8 grupos  para que cada um ficasse com um colega portador do problema auditivo. Foi lido o texto por sobre “O mito da Caverna”. Após a leitura, sugeriu-se que se refletisse sobre a liberdade do conhecimento e alienação da existência, escrevendo o relato do grupo. Após usaram o aplicativo para traduzir o relato.
O Objetivo do aplicativo foi facilitar a comunicação e a interação entre os alunos , assim como também para que os outros aprendessem Libras, pois poucos são os que conhecem a língua de sinais.
Foi observado que nem todos os alunos trouxeram o celular, mas usaram juntos com os colegas, o que ainda facilitou mais a interação entre eles.
O Professor Paulo, idealizador do projeto na escola, acredita que “com a realização deste projeto, ficou claro que devemos repensar sobre a aplicação de recursos tecnológicos no auxílio à educação inclusiva, pois com atitudes assim, que parecem pequenas, poderemos fazer a diferença a estes alunos”.





sexta-feira, 25 de agosto de 2017

LI (Liberdade) VOX (voz em Latim)

Fonte: http://infonoticiasdefnet.blogspot.com.br/2015/05/ 

 Já pensou estar com sede, querer tomar água e não conseguir pedir?
Esta é uma entre as inúmeras necessidades que impulsionaram a criação do aplicativo LIVOX. Carlos Pereira, através do seu amor e compaixão pela filha Clara, com paralisia cerebral devido a um erro médico durante o parto, elaborou o aplicativo LIVOX, o qual tem como objetivo principal que pessoas com deficiência se comuniquem e aprendam. Com essa iniciativa inclusiva e criativa, a realidade de bilhões de pessoas que vivem com a limitação de não poder se expressar e se comunicar, é facilitada diariamente.
O amor de Carlos Pereira por sua filha transcendeu e espalhou esperança para muitas crianças, adolescentes e adultos com deficiências múltiplas (paralisia cerebral, autismo, esclerose lateral amiotrófica, sequelas de derrame), dando voz e autonomia para expressar seus desejos, auxiliar no processo de ensino aprendizagem, substituindo os cartões de comunicação e volumosos fichários por um tablet.
O software LIVOX apresenta os seguintes recursos: varredura inteligente, acesso as necessidades básicas, toque inteligente, teclado virtual inteligente, conteúdo educacional, múltiplos usuários ou perfis, compartilhamentos de conteúdos entre tablets, rede de profissionais e algoritmos inteligentes garantindo uma plataforma eficaz.  
Sabe-se que a sílaba inicial do nome do aplicativo, origina-se da palavra liberdade e, ao pensar que a pessoa que se encontra reclusa dentro de si mesma, liberta seus desejos através do LIVOX, não poderia haver nomeação mais adequada e criativa. Marina Gaya, mãe de Emanuel que possui 12 anos e paralisia cerebral com um quadro de tetraparesia espástica, com comprometimento na fala e  visão subnormal, diz que o filho é usuário do Livox a mais de 5 anos e o aplicativo mudou sua vida, auxiliando nas rotinas e aprendizagem.
O aplicativo possui reconhecimento mundial e já recebeu diversos prêmios, sendo escolhido pela ONU como o melhor aplicativo. Além disso, encontra-se traduzido em 25 idiomas e já iniciou o processo de internacionalização. Com a iniciativa de dar liberdade de comunicação, o LIVOX ganha o mundo e traz ao coração dos pais, professores e do público de modo geral a conclusão de que é necessária uma ferramenta deste gênero para que haja avanços cada vez mais eficazes na educação inclusiva.
A professora Jeyse Anny Bezerra, da cidade do Recife, é uma entre as tantas pessoas impactadas positivamente pelo LIVOX. Foi através de um programa de TV que surgiu o interesse de Jeyse; o aplicativo passou a beneficiar com êxito um de seus alunos no atendimento e este, por sua vez, conseguiu expressar-se pela primeira vez e se fazer entender. Em prol disso, o município de Recife decidiu investir no aplicativo LIVOX, a fim de aprimorar as escolas inclusivas.
No Estado de São Paulo há trezentos e cinco APAES, entre as quais, vinte e duas já investiram nesta tecnologia. Essa parceria permite que as famílias que venham a adquirir o software recebam um valor de 70% de desconto, a fim de facilitar e oportunizar a todos, afinal, o LIVOX é um facilitador não somente para a comunicação, mas também na aprendizagem, onde o aluno torna-se protagonista e capaz de mostrar as suas potencialidades.
Em virtude do exposto, Carlos Pereira encontrou uma maneira única e empática de unir a tecnologia à inclusão. Afinal, é necessário perceber que dentro de um corpo que não responde, existe um ser humano, cheio de vontades, anseios, opiniões e desejos. Portanto, o LIVOX é o sinônimo de felicidade para essas pessoas e, conforme, o criador do aplicativo Carlos Pereira diz:  “se eu quiser um resultado diferente, tenho que fazer algo diferente".





sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A Tecnologia como Contribuição para a Inclusão de Alunos com Deficiência Visual











A tecnologia está cada vez sendo mais utilizada em sala de aula no ensino de alunos com deficiência visual, colaborando significativamente para o desenvolvimento intelectual e social.
Vários são os recursos tecnológicos que tem sido utilizados, tais como: Livro didático adaptado, Livro falado, Sistema Dosvox( sistema da linha PC que consegue se comunicar com o usuário através de síntese de voz), Recursos Táteis e Recursos de Áudio que ampliam o desenvolvimento e o aprendizado. A informática adaptada para o aluno com deficiência visual disponibiliza três programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto que permitem . É sabido que os softwares são de graça, sem custo, sendo necessário apenas baixar o programa e usar. No ensino de alunos com baixa visão ou cegos, o uso da tecnologia possibilita um melhor rendimento. Mas não se trata somente de um meio de viabilizar a aprender mais, mas de simplesmente aprender, pois torna-se difícil ensinar nessas condições sem os recursos atualmente disponíveis.
A Escola Particular Santa Rita de Cássia, situada em Porto Alegre/RS, implementou em suas salas de aula computadores com softwares sintetizadores de voz  e ampliadores de telas para que o aluno consiga se comunicar ao realizar suas tarefas de forma independente. O sistema utilizado é o Dosvox. É uma ferramenta de grande utilidade, com acesso gratuito, disponibilizada na internet e que colabora para as pessoas com deficiência visual desenvolverem várias tarefas no ambiente escolar. Sua aplicabilidade envolve a forma escrita e sonora, mas é bastante alternativo, pois possui: sistema de síntese de fala, editor, leitor, impressor, jogos, ampliadores de tela, etc. A maioria das mensagens são gravadas em voz humana, talvez seja esse um dos motivos que torna o Dosvox o software mais indicado para pessoas que estão começando a fazer o uso de computadores. Esse mecanismo com diversos recursos possibilita que o deficiente acompanhe o ritmo dos demais colegas através do computador, tornando-o mais independente, o que acaba por motivá-lo.
O Dosvox é um exemplo de que os recursos de acessibilidade são um facilitador no aprendizado por viabilizarem a interação dos alunos com deficiência com os demais possibilitando a troca de informações e exposição de opinião, o que leva a uma real inclusão.
A partir do uso da tecnologia como um facilitador no aprendizado, a Professora Roberta Rossi, do 4 ano D, turno da tarde, faixa etária 09 aos 11 anos, verificou que os alunos evoluíram muito no seu aprendizado. Houve uma melhora significativa no desenvolvimento cognitivo, o que a fez concluir que o equipamento contribuiu para o estímulo ao aprendizado.
O aplicativo foi utilizado em diversas aulas, pois a professora ministra mais de uma disciplina. O mecanismo proporcionou uma dinâmica que resultou inclusive em alegria no aprendizado, melhorando a autoestima, principalmente por tornarem-se participativos, proporcionando dessa forma atingir os seus objetivos.
Verificou-se que os recursos tecnológicos disponíveis devem ser utilizados, pois contribuem de forma significativa para atingir os objetivos a seguir: evolução social, cultural, intelectual e melhor desempenho no aprendizado dos alunos com deficiência visual.

Não foram identificados pontos negativos. A eficácia dos métodos informatizados inclusivos tem mudado o ensino de uma forma colaborativa, somando de forma positiva.
A educação de pessoas com deficiência estará sempre em transformação, já que envolve adaptação. Os recursos e o currículo pedagógico tendem a serem constantemente adaptados, pois há a necessidade da criação de métodos de ensino que façam com que as diferenças não sejam um obstáculo, um dificultador. A inclusão é um processo na educação escolar que atualmente envolve superar limites, conectar o ensino dos que tem dificuldades com os que não tem. Ainda é um campo de estudo bastante promissor. Os resultados do que foi criado até o momento tem feito a diferença, mas muito ainda pode ser desenvolvido em termos de tecnologia para o ensino de deficientes.